Em 2016 o foco da SEDUC/MT é "avaliação" vejam as orientações:
ORIENTAÇÕES
PARA A ESCOLA
O
documento Orientativo Pedagógico 2016
enviado pela Secretaria de Estado de Educação às assessorias pedagógicas,
Cefapros e unidades escolares, contém as decisões e os delineamentos que
servirão como ponto de partida para as nossas ações neste ano. Como o foco de
trabalho do Cefapro é a formação continuada dos profissionais da Educação
Básica de Mato Grosso, processo contínuo e essencial para o bom andamento do fazer
pedagógico no interior da escola, ressaltamos a importância do coletivo da
escola conhecer esse documento.
Salientamos
ainda que vivemos um momento de significativas mudanças, dentre elas a
implantação da Gestão de Resultados, que exige uma necessidade ainda maior de,
no contexto da prática, compreender as velhas e novas demandas que constituirão
o nosso trabalho. Portanto, faz-se necessária a reelaboração da proposta
pedagógica pelo coletivo da escola.
No
intuito de colaborar com a escola na compreensão desse momento e em como
encaminhar ações, principalmente no que diz respeito à avaliação diagnóstica, é
que destacamos abaixo alguns pontos importantes e que precisam ser considerados:
1)
Encaminhamentos
da avaliação externa
·
De acordo com o documento
Orientativo/2016 “considera-se avaliação externa, toda e qualquer avaliação
feita por agentes externos à instituição”. É realizada em larga escala e
utilizada como um dos principais instrumentos para a elaboração de políticas públicas
do sistema de ensino além de servir como base para o redirecionamento das metas
das unidades escolares uma vez que seufoco é o desempenho da escola e o seu resultado
gera uma medida de proficiência. São avaliações externas a PROVINHA
BRASIL,
a PROVA BRASIL, a ANA, o ENEM. Além disso, temos os sistemas de avaliação
adotados pelas diferentes redes.
O
Estado de Mato Grosso passará a adotar a partir de 2016 uma avaliação externa
de caráter censitário para os estudantes
do 2º, 4, 6º e 8º anos do Ensino Fundamental e os estudantes do 1º e 2º anos do
Ensino Médio das escolas urbanas regulares. Essa avaliação, prevista no
Calendário Escolar (29 e 30 de março),
visa trazer informações detalhadas da proficiência dos estudantes dessas turmas
a fim de adotar medidas interventivas para possibilitar melhorias na
aprendizagem dos mesmos.
1.1 – Formas de organização
a)
Matriz
de Referência: Guia de elaboração de itens de Língua
Portuguesa e Matemática – CAED: http://www.portalavaliacao.caedufjf.net/material-para-download/guia-de-elaboracao-de-itens/
Matriz
de Referência do ENEM:
b)
Finalidade
da avaliação externa:Produzir um retrato de desempenho da
escola indicando medidas de proficiência que revelam uma dada realidade de
ensino. A escola ao se apropriar desses dados, pode repensar seus processos,
desencadeando ações pedagógicas que ajudem a melhorar a qualidade da
aprendizagem de seus alunos. De acordo com o Orientativo Pedagógico (2016,
p.62): “O currículo de avaliação estará composto de elementos que constam nas
Orientações Curriculares do Estado de Mato Grosso, alinhadas aos objetivos de
aprendizagem da Base Comum e aos descritores do SAEB”.
2)
Encaminhamentos
da avaliação interna
·
A avaliação externa não exclui o
processo de avaliação interna da escola, muito pelo contrário, é preciso entender
que avaliação interna é essencial e indispensável. Desse modo, a avaliação
interna é a avaliação realizada pelos docentes em sala de aula/escola, que
corresponde à investigação da aprendizagem. É intencional e sistemática e pode
se utilizar de vários instrumentos como relatórios de aprendizagem, caderno de
campo, registro de observação, aplicação de provas, etc, e seus resultados
servem de base para apontar o desempenho do aluno e a proficiência do ensino, e
assim promover encaminhamentos necessários quanto:
·
diagnóstico e avaliação diagnóstica;
·
ao(re)planejamento das aulas;
·
à adoção de medidas e intervenções;
·
à formação continuada que se
desenvolverá na escola;
·
ao desenvolvimento de projetos;
·
à autoavaliação docente quanto ao
processo de ensino.
2.1 – Formas de organização
a)
Proposta
Curricular da Escola: Para a construção/reconstrução de sua
Proposta Curricular a escola poderá se utilizar dos seguintes documentos: DCNs,
OCs, BNCC dentre outros.
b) Processos que compõe a avaliação
interna:
Avaliação
Diagnóstica (analítica) - Utilizada antes e durante o processo
ensino-aprendizagem e tem como foco sondar se o aluno apresenta os
conhecimentos necessários para que a aprendizagem possa ser iniciada. Possui três
objetivos:
Identificar a realidade de cada aluno que irá participar do processo; Verificar
se o aluno apresenta ou não habilidades e pré-requisitos para o processo;
Identificar causas, dificuldades recorrentes na aprendizagem.
Avaliação Formativa
(controladora) -
Utilizada durante todo o processo ensino-aprendizagem e tem como objetivo
verificar se os estudantes estão alcançando os objetivos propostos
anteriores.Permite o professor detectar e identificar deficiências na forma de
ensinar auxiliando na reformulação do seu trabalho didático;
Avaliação Somativa (classificatória) -
Utilizada ao final de um curso ou unidade de ensino de acordo com o rendimento
de cada aluno; Tem por objetivo avaliar de maneira geral o grau em que os
resultados mais amplos têm sido alcançados ao longo e final de um curso;
c) Finalidade da avaliação interna:
Conforme
o Orientativo da SEDUC/2016 “na concepção de formação humana, a avaliação é
um processo dinâmico,
um permanente aprendizado do educador sobre o educando. É a investigação de
como o estudante está construindo o seu pensamento, quais os processos e
imagens estão sendo construídas, que estratégias são
necessárias para que
as mediações dos
educadores compatibilizem
desenvolvimento humano e aprendizagem.
A
avaliação é essencial à educação, inerente e indissociável do trabalho
pedagógico, enquanto concebida como problematização, questionamento e reflexão
sobre a ação. É parte inseparável de cada passo, de cada ação
didático-pedagógica. Necessita de envolvimento da família, do estudante e dos
diferentes sujeitos que atuam na escola. É um processo contínuo, participativo,
com função diagnóstica, prognóstica e investigativa, cujas informações
propiciam o redimensionamento da ação pedagógica e educativa, reorganizando as
próximas ações do educador, do coletivo
do Ciclo e mesmo da escola, no sentido de avançar no entendimento e
desenvolvimento do processo de aprendizagem” (SEDUC, 2016 p.57).
DIAGNÓSTICO DE APRENDIZAGEM
Algumas indagações:
- O que o aluno já
sabe?
- O que ele sabe fazer
bem?
- Quais as principais
dificuldades quanto a construção de conhecimento nas diferentes áreas?
- Quais os problemas sóciointeracionais
de determinada turma/alunos?
- Quantos alunos
apresentam a mesma dificuldade?
- Em que capacidades se
concentram estas dificuldades?
- Qual o nível de
aprendizagem da turma/aluno(avançado, adequado, básico e abaixo do básico)?
- Quais fatores didático-pedagógicos
estão contribuindo para o rendimento da turma/aluno?
DIAGNÓSTICO DE
ENSINO
·
Como se realiza a avaliação na escola? E
como é feita a análise dos resultados?
·
Quais as principais dificuldades de
ensino e problemas de cada disciplina? (Aqui
deve-se apontar o que eu professor consigo articular entre o que conheço e
reconheço das capacidades/descritores e os conteúdos a serem ministrados)
·
Quais as principais dificuldades de cada
área de conhecimento quanto ao processo de ensino?(trabalho disciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar e
multidisciplinar)
·
Quais as principais dificuldades para
articular o planejamento coletivo, a sala de aula e transposição didática e o
Sala de Educador?
·
Com relação à avaliação interna, como o
professor e a escola a realizam? Como está inserida no planejamento coletivo? De
que forma os resultados são analisados?
·
De que forma a avaliação institucional
contribui para o planejamento do processo de ensino?
Tais problemas e
dificuldades são peculiares a algumas turmas e/ou a toda escola?
·
Não só é
importante a identificação das causas das dificuldades apresentadas, mas também
o porquê destes problemas e dificuldades.
·
Desde que sejam
apuradas as causas das dificuldades e identificadas as capacidades ainda não
alcançadas, a revisão das medidas adotadas (ensino) se faz necessária.
Referências
MATO
GROSSO. Secretaria de Estado de Educação. Orientativo Pedagógico. Cuiabá:
SEDUC/MT, 2016.
Disponível em: http://web.unifil.br/docs/revista_eletronica/educacao/Artigo_04.pdf. Acessado em 20 de junho as 19:49.
Guia
de Elaboração de Itens do CAED. Disponível em: http://www.portalavaliacao.caedufjf.net/material-para-download/guia-de-elaboracao-de-itens/.
Acessado em 01 de março as 09:00.
Matriz de
Referência do ENEM. Disponível em:
http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/downloads/2012/matriz_referenciaenem.pdf.
Acessado em 01 de março as 09:10.
Sugestões de Leitura
CARVALHO,
Rosenei Bairros de Freitas. Avaliação
para a Aprendizagem: A Articulação entre Ensino, Aprendizagem e Avaliação. Portugal,
Universidade de Lisboa, 2013. 314. Tese (Doutorado em Ciências da Educação) – Área
de Especialização em Avaliação em Educação. Universidade de Lisboa.
HOFFMANN,
J. Avaliação: mito e desafio: uma
perspectiva construtivista. 32. ed.,
Porto Alegre: Mediação, 2003.
______.
O jogo do contrário em avaliação. Porto Alegre: Mediação, 2005.
LUCKESI,
C. C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 4.
ed. São Paulo: Cortez, 1996.
______. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 19ª ed. São
Paulo: Cortez, 2008.
______. Avaliação da aprendizagem: componente do ato pedagógico. São Paulo: Cortez, 2011.
MATO
GROSSO (estado). Secretaria de Estado de
Educação. Orientações curriculares: concepções para a Educação
Básica. Secretaria de Estado de Educação
de Mato Grosso Cuiabá: Defanti, 2010.
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