sexta-feira, 22 de abril de 2016

Avaliação foco de discussão



Em 2016 o foco da SEDUC/MT é "avaliação" vejam as orientações:



ORIENTAÇÕES PARA A ESCOLA

O documento Orientativo Pedagógico 2016 enviado pela Secretaria de Estado de Educação às assessorias pedagógicas, Cefapros e unidades escolares, contém as decisões e os delineamentos que servirão como ponto de partida para as nossas ações neste ano. Como o foco de trabalho do Cefapro é a formação continuada dos profissionais da Educação Básica de Mato Grosso, processo contínuo e essencial para o bom andamento do fazer pedagógico no interior da escola, ressaltamos a importância do coletivo da escola conhecer esse documento.
Salientamos ainda que vivemos um momento de significativas mudanças, dentre elas a implantação da Gestão de Resultados, que exige uma necessidade ainda maior de, no contexto da prática, compreender as velhas e novas demandas que constituirão o nosso trabalho. Portanto, faz-se necessária a reelaboração da proposta pedagógica pelo coletivo da escola.
No intuito de colaborar com a escola na compreensão desse momento e em como encaminhar ações, principalmente no que diz respeito à avaliação diagnóstica, é que destacamos abaixo alguns pontos importantes e que precisam ser considerados:
1)                 Encaminhamentos da avaliação externa
·         De acordo com o documento Orientativo/2016 “considera-se avaliação externa, toda e qualquer avaliação feita por agentes externos à instituição”. É realizada em larga escala e utilizada como um dos principais instrumentos para a elaboração de políticas públicas do sistema de ensino além de servir como base para o redirecionamento das metas das unidades escolares uma vez que seufoco é o desempenho da escola e o seu resultado gera uma medida de proficiência. São avaliações externas a PROVINHA BRASIL, a PROVA BRASIL, a ANA, o ENEM. Além disso, temos os sistemas de avaliação adotados pelas diferentes redes.
O Estado de Mato Grosso passará a adotar a partir de 2016 uma avaliação externa de caráter censitário para os estudantes do 2º, 4, 6º e 8º anos do Ensino Fundamental e os estudantes do 1º e 2º anos do Ensino Médio das escolas urbanas regulares. Essa avaliação, prevista no Calendário Escolar (29 e 30 de março), visa trazer informações detalhadas da proficiência dos estudantes dessas turmas a fim de adotar medidas interventivas para possibilitar melhorias na aprendizagem dos mesmos.
1.1 – Formas de organização
a)      Matriz de Referência: Guia de elaboração de itens de Língua Portuguesa e Matemática – CAED: http://www.portalavaliacao.caedufjf.net/material-para-download/guia-de-elaboracao-de-itens/
Matriz de Referência do ENEM:

b)      Finalidade da avaliação externa:Produzir um retrato de desempenho da escola indicando medidas de proficiência que revelam uma dada realidade de ensino. A escola ao se apropriar desses dados, pode repensar seus processos, desencadeando ações pedagógicas que ajudem a melhorar a qualidade da aprendizagem de seus alunos. De acordo com o Orientativo Pedagógico (2016, p.62): “O currículo de avaliação estará composto de elementos que constam nas Orientações Curriculares do Estado de Mato Grosso, alinhadas aos objetivos de aprendizagem da Base Comum e aos descritores do SAEB”.
2)                 Encaminhamentos da avaliação interna
·         A avaliação externa não exclui o processo de avaliação interna da escola, muito pelo contrário, é preciso entender que avaliação interna é essencial e indispensável. Desse modo, a avaliação interna é a avaliação realizada pelos docentes em sala de aula/escola, que corresponde à investigação da aprendizagem. É intencional e sistemática e pode se utilizar de vários instrumentos como relatórios de aprendizagem, caderno de campo, registro de observação, aplicação de provas, etc, e seus resultados servem de base para apontar o desempenho do aluno e a proficiência do ensino, e assim promover encaminhamentos necessários quanto:

·         diagnóstico e avaliação diagnóstica;
·         ao(re)planejamento das aulas;
·         à adoção de medidas e intervenções;
·         à formação continuada que se desenvolverá na escola;
·         ao desenvolvimento de projetos;
·         à autoavaliação docente quanto ao processo de ensino.

2.1 – Formas de organização
a)    Proposta Curricular da Escola: Para a construção/reconstrução de sua Proposta Curricular a escola poderá se utilizar dos seguintes documentos: DCNs, OCs, BNCC dentre outros.
b)   Processos que compõe a avaliação interna:
Avaliação Diagnóstica (analítica) - Utilizada antes e durante o processo ensino-aprendizagem e tem como foco sondar se o aluno apresenta os conhecimentos necessários para que a aprendizagem possa ser iniciada. Possui três objetivos: Identificar a realidade de cada aluno que irá participar do processo; Verificar se o aluno apresenta ou não habilidades e pré-requisitos para o processo; Identificar causas, dificuldades recorrentes na aprendizagem.
Avaliação Formativa (controladora) - Utilizada durante todo o processo ensino-aprendizagem e tem como objetivo verificar se os estudantes estão alcançando os objetivos propostos anteriores.Permite o professor detectar e identificar deficiências na forma de ensinar auxiliando na reformulação do seu trabalho didático;
Avaliação Somativa (classificatória)  - Utilizada ao final de um curso ou unidade de ensino de acordo com o rendimento de cada aluno; Tem por objetivo avaliar de maneira geral o grau em que os resultados mais amplos têm sido alcançados ao longo e final de um curso;
c)    Finalidade da avaliação interna:
Conforme o Orientativo da SEDUC/2016 “na concepção de formação humana, a avaliação  é  um  processo  dinâmico,  um permanente aprendizado do  educador sobre o educando. É a investigação de como o estudante está construindo o seu pensamento, quais os processos e imagens estão sendo construídas, que estratégias  são  necessárias  para  que  as  mediações  dos  educadores  compatibilizem desenvolvimento humano e aprendizagem.
A avaliação é essencial à educação, inerente e indissociável do trabalho pedagógico, enquanto concebida como problematização, questionamento e reflexão sobre a ação. É parte inseparável de cada passo, de cada ação didático-pedagógica. Necessita de envolvimento da família, do estudante e dos diferentes sujeitos que atuam na escola. É um processo contínuo, participativo, com função diagnóstica, prognóstica e investigativa, cujas informações propiciam o redimensionamento da ação pedagógica e educativa, reorganizando as próximas ações do educador,  do coletivo do Ciclo e mesmo da escola, no sentido de avançar no entendimento e desenvolvimento do processo de aprendizagem” (SEDUC, 2016 p.57).

DIAGNÓSTICO DE APRENDIZAGEM
Algumas indagações:
- O que o aluno já sabe?
- O que ele sabe fazer bem?
- Quais as principais dificuldades quanto a construção de conhecimento nas diferentes áreas?
- Quais os problemas sóciointeracionais de determinada turma/alunos?
- Quantos alunos apresentam a mesma dificuldade?
- Em que capacidades se concentram estas dificuldades?
- Qual o nível de aprendizagem da turma/aluno(avançado, adequado, básico e abaixo do básico)?
- Quais fatores didático-pedagógicos estão contribuindo para o rendimento da turma/aluno?
DIAGNÓSTICO DE ENSINO
·         Como se realiza a avaliação na escola? E como é feita a análise dos resultados?
·         Quais as principais dificuldades de ensino e problemas de cada disciplina? (Aqui deve-se apontar o que eu professor consigo articular entre o que conheço e reconheço das capacidades/descritores e os conteúdos a serem ministrados)
·         Quais as principais dificuldades de cada área de conhecimento quanto ao processo de ensino?(trabalho disciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar e multidisciplinar)
·         Quais as principais dificuldades para articular o planejamento coletivo, a sala de aula e transposição didática e o Sala de Educador?
·         Com relação à avaliação interna, como o professor e a escola a realizam? Como está inserida no planejamento coletivo? De que forma os resultados são analisados?
·         De que forma a avaliação institucional contribui para o planejamento do processo de ensino?

Tais problemas e dificuldades são peculiares a algumas turmas e/ou a toda escola?
·         Não só é importante a identificação das causas das dificuldades apresentadas, mas também o porquê destes problemas e dificuldades.
·         Desde que sejam apuradas as causas das dificuldades e identificadas as capacidades ainda não alcançadas, a revisão das medidas adotadas (ensino) se faz necessária.

Referências
MATO GROSSO. Secretaria de Estado de Educação. Orientativo Pedagógico. Cuiabá: SEDUC/MT, 2016.
Disponível em: http://web.unifil.br/docs/revista_eletronica/educacao/Artigo_04.pdf. Acessado em 20 de junho as 19:49.
Guia de Elaboração de Itens do CAED. Disponível em: http://www.portalavaliacao.caedufjf.net/material-para-download/guia-de-elaboracao-de-itens/. Acessado em 01 de março as 09:00.
Matriz de Referência do ENEM. Disponível em:


Sugestões de Leitura
CARVALHO, Rosenei Bairros de Freitas. Avaliação para a Aprendizagem: A Articulação entre Ensino, Aprendizagem e Avaliação. Portugal, Universidade de Lisboa, 2013. 314. Tese (Doutorado em Ciências da Educação) – Área de Especialização em Avaliação em Educação. Universidade de Lisboa.
HOFFMANN, J.  Avaliação: mito e desafio: uma perspectiva construtivista.  32.  ed.,  Porto Alegre: Mediação, 2003.
______. O jogo do contrário em avaliação. Porto Alegre: Mediação, 2005.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições.  4.  ed.  São Paulo: Cortez, 1996.
______.  Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições.  19ª ed. São  Paulo: Cortez, 2008.
______.  Avaliação da aprendizagem: componente do ato pedagógico.  São Paulo: Cortez, 2011.
MATO GROSSO (estado).  Secretaria de Estado de Educação.  Orientações curriculares: concepções para a  Educação  Básica.  Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso Cuiabá: Defanti, 2010.