Inicio esse ano compartilhando com vocês minha ansiedade.
Fui convidada a ser Coordenadora Pedagógica da minha escola...
E confesso que após 5 anos de docência me sinto aprendiz em tudo que faço.
Porém, resolvi aceitar o desafio, e agora sou uma iniciante nessa função.
Pretendo esse ano compartilhar minhas descobertas e meus anseios para que assim o farto do desconhecido não seja tão pesado.
No momento estou refletindo a cerca de um planejamento que venha de encontro com a necessidade da minha unidade escolar.
Trabalho numa escola do campo que tem como característica o atendimento a população indígena, por esse motivo preciso estar atenta as particularidades dessa população, seus anseios, limites e contribuição. Enfim, estudar, estudar, estudar....planejar, agir, refletir, estudar... numa intensa práxis... Inicio assim minha reflexão..
ESCOLA
DO CAMPO: PROTAGONISTA DO SEU SABER
Quando se fala em escola do campo
logo se imagina uma escola ativa, com ações voltadas às práticas do campo com
uma profunda relação entre agricultura e vida camponesa, as Orientações
Curriculares Nacionais visam uma proposta pedagógica que valorize a realidade
dos sujeitos envolvidos no processo.
“Propostas pedagógicas que
valorizem, na organização do ensino, a diversidade cultural e os processos de
interação e transformação do campo, a gestão democrática, o acesso do avanço
científico e tecnológico e respectivas contribuições para a melhoria das
condições de vida e a fidelidade aos princípios éticos que norteiam a
convivência solidária e colaborativa nas sociedades democráticas.” (Brasil,
2001, p. 25).
De acordo com as exigências e
diretrizes da educação nacional o Plano Político Pedagógico (PPP) deve estar em
consonância com as particularidades de cada unidade escolar, considerando sua
localização, realidade sócio cultural e clientela. Para isso é necessário
revê-lo a cada inicio de ano e adequá-lo a realidade da escola, reunindo o
Conselho Deliberativo da Escola com seus membros adequadamente representados e
com todos os profissionais para que assim seja um processo democrático de
construção, possibilitando a corresponsabilidade na execução do mesmo nas
praticas educativas de cada segmento.
[...] a primeira ação que [...]
parece fundamental para nortear a organização do trabalho da escola é a
construção do projeto político- pedagógico assentado na concepção de sociedade,
educação e escola que vise à emancipação humana. Ao ser claramente delineado,
discutido e assumido coletivamente ele se constitui como processo. E, ao se
constituir como processo, o projeto político- pedagógico reforça o trabalho
integrado e organizado da equipe escolar, enaltecendo a sua função primordial
de coordenar a ação educativa da escola para que ela atinja seu objetivo
político pedagógico. (Veiga, 1996, p.157)
A partir da revisão e
reelaboração do PPP, pode-se incluir propostas para atender a educação
contextualizada e adequada para o campo. O trabalho com projetos é uma opção
que contribuirá com a efetivação de uma educação voltada para a práxis num ir e
vir, numa constante construção de conhecimentos.
PROJETOS
PEDAGÓGICOS: PRÁTICA, REFLEXÃO E AÇÃO
Os projetos precisam ser aderidos
pela comunidade escolar como um todo, dessa forma será possível construir de
fato um ambiente de integração que seja formador opiniões com sentimento de
pertencimento. Esse envolvimento precisa ser conquistado através da exposição
clara dos objetivos a serem alcançados através dessa metodologia, através da
motivação profissional em um ambiente em que as opiniões contrárias sejam
respeitadas e consideradas para a otimização do processo democrático.
INCLUINDO
ATIVAMENTE A DIVERSIDADE
Um desafio a ser superado na
Escola Estadual 7 de Setembro é a garantia de inclusão ativa dos indígenas nas
atividades escolares, devido traços da cultura, os mesmos, tendem a serem
tímidos e isso os deixa às vezes distantes das discussões e questionamentos
durante as aulas e demais atividades desenvolvidas pela escola, essa apatia
pode causar dificuldade de aprendizagem, visto que:
“... a participação ativa e efetiva do aluno no processo
ensino-aprendizagem, só acontece, se for possível sua decisão a níveis de
Planejamento, de execução e de avaliação.” (Santos, 2002)
Dessa forma, é preciso instigar a
participação dos mesmos, através do envolvimento desses no processo de
construção dos projetos, convidando-os a ser parte da organização de eventos em
todas as etapas, desde a elaboração, execução e avaliação. É importante
acompanhar as intervenções pedagógicas desenvolvidas com estes nas aulas
contribuindo com sugestão de atividades de acordo com a necessidade individual.
Temos como desafio buscar a
integração da sede com as salas anexas, através de reuniões periódicas e trocas
de experiência, por meio da participação nos eventos da escola de forma ativa,
além de visita de campo e acompanhamento e divulgação das ações dessas.
Por: Rosangela Borges da Silva, 2016
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